No momento, tenho na bolsa três livros físicos que comecei a ler. Junto deles, o leitor digital, onde há mais três títulos abertos, em diferentes estágios de leitura. No total, são seis livros.

Desses, um me prende mais — talvez por ser realmente interessante, talvez por ser uma leitura fácil, daquelas que a gente pode retomar em qualquer lugar, sem cerimônia. Outro, no entanto, é um livro contemplativo, que exige pausa, silêncio e disposição. Sua leitura é como saborear algo especial: pede calma, tempo e entrega.

O que me incomoda em tudo isso é perceber que, antes de terminar qualquer um deles, sinto a vontade de começar outro. E assim, acumulo leituras, pendências, pequenas tarefas inconclusas — e isso me inquieta.

Ainda me incomoda.
Mas, pensando bem, talvez eu já não tenha mais idade para me incomodar com isso.

Preciso ascender à categoria de quem aprende a conviver com o inacabado. A largar quando for preciso largar, a concluir quando for preciso concluir. O que não posso é me aperrear por isso — não em meio a tantos aperreios que, esses sim, são urgentes.

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